A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) consiste em um conjunto de normas que regula o tratamento de dados pessoais por parte de empresas, indivíduos e órgãos públicos.
Sim, caso sua startup opere um website ou uma landing page que solicite dados dos usuários, é imperativo adequar-se às diretrizes e regulamentos da LGPD para evitar sanções e penalidades.
Embora seja possível, como diz o ditado popular, "Se quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá acompanhado".
A LGPD requer principalmente uma Política de Privacidade e Termos de Uso bem detalhados, os quais podem ser complexos de estabelecer sem assistência profissional. Um pequeno descuido pode resultar na suspensão temporária das atividades do site e em multas significativas para sua empresa.
Portanto, tentar realizar essa adequação por conta própria representa um risco evitável através do auxílio de consultoria jurídica especializada.
Imaginemos sua startup como um time de futebol, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) como o árbitro da partida e a LGPD como as regras do jogo. Vamos discutir algumas possíveis punições pelo nosso "árbitro":
A agência reguladora das normas da LGPD, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, é responsável pela aplicação de multas em caso de infração.
Suponhamos que uma empresa está fazendo um processo seletivo para estágio em determinada área, como TI, por exemplo, porém durante o processo é perguntado ao candidato os dados médicos dessa pessoa para saber das condições de saúde dela antes mesmo de contratá-la.
Essa pergunta pode levar a discriminação, estigmatização e até mesmo exclusão do candidato, com base em condições de saúde que não deveriam influenciar na decisão da contratação.
Isso é uma marca explícita de uma violação à LGPD, já que o dado requerido não é relevante para o trabalho em questão e constitui uma clara infração aos princípios de finalidade e minimização de dados estabelecidos pela lei, o que vai além do propósito necessário para avaliar a capacidade e aptidão do candidato para o cargo de TI.
Além da Política de Privacidade e dos Termos de Uso já falados anteriormente é necessário listar algumas das principais medidas para uma Startup se adequar a LGPD:
Todas essas medidas requerem treinamento e conscientização dos colaboradores e representam apenas algumas das ações necessárias. Dada a complexidade dessas questões, é altamente recomendável contar com uma assessoria jurídica qualificada para auxiliar nessas questões é uma medida bastante eficaz para evitar futuros problemas.
Ao navegar em vários sites, é comum ser questionado sobre a aceitação da "Política de Cookies". Mas o que são esses Cookies e por que são importantes para seu site?
Imagine que os cookies são pequenos "biscoitinhos" virtuais que os sites colocam no seu navegador para guardar informações sobre suas preferências, suas interações e até mesmo rastrear o seu comportamento na web. Mas calma, não é nada tão invasivo quanto parece!
Na verdade, a Política de Cookies nada mais é do que um contrato entre você e o site em que há uma maior clareza sobre quais informações pessoais serão coletadas e como as utilizarão!
Além disso, a pergunta sobre aceitar ou não esses cookies é também uma regra da LGPD, pois, assim como já falado neste artigo, o consentimento do usuário é algo fundamental para o uso de dados. Sem falar que algumas pessoas são mais adeptas das "bolachas" do que biscoitos…
Concluímos que a conformidade com a LGPD é essencial para sua startup e que deixá-la suscetível a futuras fiscalizações indesejáveis não é uma opção viável. Além disso, aderir à LGPD é uma maneira eficaz de estabelecer uma relação de confiança e transparência com seus clientes.
Se restarem dúvidas, entre em contato com nossa equipe jurídica para obter orientações adicionais.
por Eduardo Barreto
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